Ela sempre ficava ali, na beirada.
De vez em quando, molhava os pés, caminhava no raso.
A verdade é que ela era apaixonada pela água, mas tinha medo. Tinha aprendido a nadar, mas raramente mergulhava.
Às vezes ficava rondando, olhando o movimento da água, prestando atenção em tudo e imaginando o mundo que existia ali. Já havia tentando pular várias vezes, mas na hora, congelava de medo.
E o medo é uma coisa estranha, paralisa. O medo não deixa ninguem ver o verdadeiro tamanho das coisas, torna tudo muito grande, instransponível.
Ela sabia que aquela fobia nao era uma coisa racional... e resolveu enfrentar.
Numa bela tarde de domingo, recuou alguns passos, pegou impulso e pulou. O choque da água gelada causou um arrepio. Mas logo em seguida, ela já estava mergulhando. E ela mergulhou, observou de perto tudo aquilo que passou tempos olhando só de longe, imaginando como seria. Nadou uma tarde inteira, se divertiu, riu sozinha, brincou como criança. E no final do dia voltou pra casa cansada. E feliz. E sem medo.
6 comentários:
Esse medo que paralisa...como é ruim! Aproveitar um dia sem ele, que bom! Lendo o post, parece que estive ali perto, vendo tudo isso!
Eu odeio sentir medo, sabia? Ando numa fase de querer enfrentar algumas coisas! =)
Beijos
O negócio é que, quando a gente enfrenta o medo, o que se temia nem era tão assustador quanto a gente pensava. Vale a pena arriscar.
Lindo texto. Beijos.
Marina, vale sempre a pena arriscar! A gente devia era fazer isso mais vezes! =)
beijos e bom final de semana
É... a superação do medo paralizante é um grito de liberdade. É como um mundo que abre suas portas pra que a gente entre e faça parte dele. Realmente, lindo texto!
Bjs!
Larissa! Obrigada! =)
Medo é uma coisa esquisita...
beijos
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